7º ANO
CIÊNCIAS
SANEAMENTO x DESPERDÍCIO DE ÁGUA
SANEAMENTO x SAÚDE
Leia com atenção a reportagem a seguir:
Raio X do saneamento no Brasil: 16% não têm água
tratada e 47% não têm acesso à rede de esgoto
Índices
do setor apontam que a universalização dos serviços ainda está distante. Novo marco
legal do saneamento básico deve ser votado nesta quarta-feira (24) pelo
plenário do Senado.
Por Clara Velasco, G1
24/06/2020 15h39 Atualizado há 2 meses
Índices de saneamento
melhoraram nos últimos anos no país, mas ainda estão longe da universalização —
Foto: Ary Souza
Quase metade da população do Brasil
continua sem acesso a sistemas de esgotamento sanitário, o que significa que
quase 100 milhões de pessoas, ou 47%
dos brasileiros, utilizam medidas alternativas para lidar com os dejetos – seja através de
uma fossa, seja jogando o esgoto diretamente em rios.
Além disso, mais de 16% da população,
ou quase 35 milhões de pessoas, não têm acesso à água tratada, e apenas 46% dos esgotos gerados nos país são tratados.
Os números são do Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento (SNIS), divulgados neste ano e referentes a 2018,
e refletem a atual situação dos serviços básicos de água e esgoto no país.
Nesta quarta (24), o novo marco legal
do saneamento básico deve ser votado pelo plenário do Senado. A regulamentação
do setor está em discussão desde 2018.
Além do marco, o setor também se
baseia em outras diretrizes legais para o estabelecimento e o funcionamento do
serviço.
A Lei do Saneamento Básico, de 2007,
prevê a universalização do abastecimento de água e do tratamento da rede de
esgoto no país. Ela também estabeleceu regras básicas para o setor ao definir
as competências do governo federal, dos estados e dos municípios para os
serviços, bem como a regulamentação e a participação de empresas privadas.
O Plano Nacional de Saneamento Básico
(Plansab), de 2014, também estabelece metas de curto, médio e longo prazo pro
setor, o que inclui a universalização dos serviços de água, esgoto e lixo até o
ano de 2033.
Como os dados apontam, porém, a
universalização ainda está longe. Veja abaixo os principais índices e
tendências dos últimos anos nas coberturas de água e esgoto no país.
A
cobertura de água e esgoto melhorou...
Mesmo que em ritmo lento, as
coberturas de água e de esgoto têm melhorado no Brasil nos últimos anos. Em
2011, por exemplo, 82,4% da população tinha acesso à água tratada. Já em
2018, o índice passou para 83,6%.
O avanço foi maior nos indicadores de
população com acesso à rede de coleta de esgoto, que passou de 48,1% em 2011
para 53,2% em 2018. A proporção de esgoto tratado também passou de 37,5% para
46,3%.
Mesmo assim, como já foi dito, estes
índices indicam que milhões de brasileiros seguem sem acesso aos serviços
básicos de saneamento.
...mas
o desperdício de água aumentou
Apesar da melhora nas coberturas de
água e esgoto, o desperdício de água aumentou pelo
terceiro ano seguido no Brasil,
segundo estudo do Instituto Trata
Brasil feito em parceria com a Water.org.
·
Em 2015, 36,7% da água potável
produzida no país foi perdida durante a distribuição.
·
Já em 2018, o ano mais recente com os
dados disponibilizados, o índice atingiu 38,5%.
Isso significa que, a cada 100 litros de água captada da natureza e tratada para se tornar potável,
quase 40 litros se perdem por conta de vazamento nas redes, fraudes,
“gatos”, erros de leitura dos hidrômetros e outros problemas.
A cada 100 litros de água tratada, mais de 38 se perdem em vazamentos, roubos e fraudes
Em 2018, a perda chegou a 6,5 bilhões de metros cúbicos de
água, o equivalente a 7,1 mil piscinas
olímpicas desperdiçadas por dia.
Além disso, como essa água não foi
faturada pelas empresas responsáveis pela distribuição, os prejuízos econômicos chegaram a R$ 12 bilhões, o mesmo valor dos recursos que foram investidos
em água e esgoto no Brasil durante todo o ano.
Estudo aponta que o
desperdício de água aumentou nos últimos anos no Brasil — Foto: Fernanda
Garrafiel/Arte
...e
o saneamento segue gerando problemas na saúde
Apenas nos três primeiros meses deste
ano, a falta de saneamento gerou mais de 40
mil internações no Brasil. As internações
ocuparam, em média, 4,2% dos leitos do SUS no período. Além disso, os gastos
chegaram a R$ 16,1 milhões, segundo um estudo da ABES.
Estudo aponta as
internações causadas por doenças relacionadas à falta de saneamento no país —
Foto: Fernanda Garrafiel/Arte
O estudo avalia doenças como cólera,
diarreia e amebíase, enfermidades que, segundo a publicação, são típicas de
ambientes precários, sem saneamento ou com saneamento inadequado.
O estudo da ABES ainda aponta
as diferenças regionais nos dados de internação e ocupação de leitos.
Mesmo que a média de ocupação de leitos do trimestre tenha sido de 4,2%, há
estados em que os sistem
O Maranhão, por exemplo, se destaca
negativamente, com uma ocupação de 17,6% dos leitos do SUS. Já São Paulo teve
uma média de ocupação de 1,7% no período.
ANALISANDO A REPORTAGEM:
1 - “Quase metade da
população do Brasil continua sem acesso a sistemas de esgotamento sanitário, o
que significa que quase 100 milhões
de pessoas, ou 47% dos brasileiros, utilizam medidas alternativas para lidar com os dejetos – seja através de
uma fossa, seja jogando o esgoto diretamente em rios.”
100.000.000 equivalem a 47% da população. Qual
número representa a quantidade total de brasileiros?
2 – O que prevê a Lei do Saneamento Básico, de 2007?
O que estabelece ao governo federal, estados e municípios?
3 – Quais metas foram estabelecidas pelo Plano
Nacional de Saneamento Básico (Plansab)?
4 – Gráfico 1 – SANEAMENTO DE ÁGUA NO BRASIL –
Evolução dos serviços de água e esgoto no país.
Observando um dos índices do gráfico deveria ter
apresentado uma diminuição. Qual é esse índice e justifique sua resposta.
5 – Mapa - DESPERDÍCIO DE ÁGUA POTÁVEL
Roraima apresenta um desperdício de 73%, São Paulo
cerca de 34%.
A – Qual é a quantidade em litros, desperdiçada em
Roraima, de um total de 1000 litros de água?
B – Qual é a quantidade em litros, desperdiçada em São
Paulo, de um total de 1000 litros de água?
C – O desperdício de água em Roraima é maior que em
São Paulo. Qual número representa essa diferença?
6 – Explique o motivo que leva locais com menos
saneamento básico a ter um número maior de internações por doenças de
veiculação hídrica.
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