sexta-feira, 8 de maio de 2020

LÍNGUA PORTUGUESA- PROFESSORA DEBORA - 7° ANOS - AULA CMSP - ÀS 9:00 HORAS

BOA TARDE!!! BOA AULA!!!

O PROFESSOR DO CENTRO DE MÍDIAS APRESENTOU UM AUTOR LITERÁRIO "LIMA BARRETO" (biografia) DO SÉCULO PASSADO.

CRÕNICA AS ENCHENTES

As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro, inundações desastrosas.
Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.
De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos.
Uma arte tão ousada e quase tão perfeita, como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão simples problema.
O Rio de Janeiro, da avenida, dos squares, dos freios elétricos, não pode estar à mercê de chuvaradas, mais ou menos violentas, para viver a sua vida integral.
Como está acontecendo atualmente, ele é função da chuva. Uma vergonha!
Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os engenheiros municipais, procrastinando a solução da questão.
O Prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio.
Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe violentamente grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a vencer era esse acidente das inundações.
Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos, com as fachadas, e não com o que há de essencial nos problemas da nossa vida urbana, econômica, financeira e social.

FAZER NO CADERNO  

1. O PROFESSOR SOLICITOU PARA GRIFAR AS PALAVRAS DESCONHECIDAS, POIS, É UMA LINGUAGEM MAIS ANTIGA.
2. PROCURAR AS PALAVRAS NO DICIONÁRIO (VERBETES) E COPIÁ-LAS NO CADERNO.
OBS. ATENTE-SE A PALAVRA SQUARES- INGLESA (ESTRANGEIRISMO)

O PROFESSOR SOLICITOU PARA REFLETIR E RESPONDER

"As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro, inundações desastrosas."

RESPONDA NO CADERNO

O TEXTO ESCRITO EM 1915. HÁ MUITA DIFERENÇAS NO QUE OCORRE NOS DIAS DE HOJE?

A FOTO COMBINA COM O QUE ACONTECE NOS DIAS DE HOJE? JUSTIFIQUE A RESPOSTA.

Em 1915, Lima Barreto já cobrava prefeitura do Rio por enchentes ...


PELO TEXTO O AUTOR JULGA A CIDADE PREPARADA PARA RECEBER AS CHUVAS DE VERÃO? QUAIS ELEMENTOS DO TEXTO PODE JUSTIFICAR A RESPOSTA?

O QUE CARACTERIZA UMA CRÔNICA

Narrativa é um gênero literário típico dos séculos XX e XXI. O cronista – aquele que escreve as crônicas – é uma espécie de observador do cotidiano: cenas corriqueiras, ações banais ou acontecimentos inusitados são sempre temas de ótimos textos desse gênero.


Leia a crônica 


MORCEGO

 O carnaval é a expressão da nossa alegria. O ruído, o barulho, o tantã espancam a tristeza que há nas nossas almas, atordoam-nos e nos enchem de prazer. Todos nós vivemos para o carnaval. Criadas, patroas, doutores, soldados, todos pensamos o ano inteiro na folia carnavalesca. O zabumba é que nos tira do espírito as graves preocupações da nossa árdua vida. O pensamento do sol inclemente só é afastado pelo regougar de um qualquer “Iaiá me deixe". Há para esse culto do carnaval sacerdotes abnegados. O mais espontâneo, o mais desinteressado, o mais lídimo é certamente o “Morcego". Durante o ano todo, Morcego é um grave oficial da Diretoria dos Correios, mas, ao aproximar-se o carnaval, Morcego sai de sua gravidade burocrática, atira a máscara fora e sai para a rua. A fantasia é exuberante e vária, e manifesta-se na modinha, no vestuário, nas bengalas, nos sapatos e nos cintos. E então ele esquece tudo: a Pátria, a família, a humanidade. Delicioso esquecimento!... Esquece e vende, dá, prodigaliza alegria durante dias seguidos. Nas festas da passagem do ano, o herói foi o Morcego. Passou dois dias dizendo pilhérias aqui; pagando ali; cantando acolá, sempre inédito, sempre novo, sem que as suas dependências com o Estado se manifestassem de qualquer forma. Ele então não era mais a disciplina, a correção, a lei, o regulamento; era o coribante inebriado pela alegria de viver. Evoé, Bacelar! Essa nossa triste vida, em país tão triste, precisa desses videntes de satisfação e de prazer; e a irreverência da sua alegria, a energia e atividade que põem em realizá-la, fazem vibrar as massas panurgianas dos respeitadores dos preconceitos. Morcego é uma figura e uma instituição que protesta contra o formalismo, a convenção e as atitudes graves. Eu o bendisse, amei-o, lembrando-me das sentenças falsamente proféticas do sanguinário positivismo do Senhor Teixeira Mendes. A vida não se acabará na caserna positivista enquanto os “morcegos" tiverem alegria... Vida urbana, 2-1-1915

FAZER NO CADERNO  

1.LEIA A CRÔNICA "MORCEGO" E FAÇA O QUE SE PEDE A SEGUIR:

2. PROCURAR AS PALAVRAS QUE VOCÊ NÃO CONHECE NO DICIONÁRIO (VERBETES) E COPIÁ-LAS NO CADERNO.

3. O TEXTO ESCRITO EM 1915. HÁ MUITA DIFERENÇAS NO QUE OCORRE NOS DIAS DE HOJE?

4. VOCÊ CONSEGUE IDENTIFICAR O ESTILO DESTA CRÔNICA? ELA É MAIS LÍRICA, ENGRAÇADA OU CRÍTICA(OPINATIVA)? EXPLIQUE.

5. QUE TEMA É EXPLORADO NESTA CRÔNICA? EM QUE ÉPOCA ELA ACONTECE?

6. VOCÊ CONSEGUE IDENTIFICAR UM EXEMPLO COTIDIANO NO TEXTO. EXEMPLIFIQUE.




BOM FINAL DE SEMANA!!!








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