sexta-feira, 21 de agosto de 2020

8º ANO CIÊNCIAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

 

8º ANO

CIÊNCIAS

INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS


(lembre-se que demos início na aula anterior)

Infecções Sexualmente Transmissíveis

Se não tratadas adequadamente, podem provocar diversas complicações e levar a pessoa, inclusive, à morte. 

O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. O atendimento, o diagnóstico e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS.

 

Quais são os sintomas das infecções sexualmente transmissíveis?

As IST podem se manifestar por meio de feridas, corrimentos e verrugas anogenitais, entre outros possíveis sintomas, como dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas. São alguns exemplos de IST: herpes genital, sífilis, gonorreia, tricomoníase, infecção pelo HIV, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), hepatites virais B e C.

As IST aparecem, principalmente, no órgão genital, mas podem surgir também em outras partes do corpo (ex.: palma das mãos, olhos, língua).

O corpo deve ser observado durante a higiene pessoal, o que pode ajudar a identificar uma IST no estágio inicial. Sempre que se perceber algum sinal ou algum sintoma, deve-se procurar o serviço de saúde, independentemente de quando foi a última relação sexual. E, quando indicado, avisar a parceria sexual.

Algumas IST podem não apresentar sinais e sintomas, e se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer ou até morte. Por isso, é importante fazer exames laboratoriais para verificar se houve contato com alguma pessoa que tenha IST, após ter relação sexual desprotegida – sem camisinha masculina ou feminina. 

Cada IST apresenta sinais, sintomas e características distintos. São três as principais manifestações clínicas das IST: corrimentos, feridas e verrugas anogenitais.

As principais características, de acordo com os tipos de infecções sexualmente transmissíveis, são:

Corrimentos

  • Aparecem no pênis, vagina ou ânus.
  • Podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados, dependendo da IST.
  • Podem ter cheiro forte e/ou causar coceira.
  • Provocam dor ao urinar ou durante a relação sexual.
  • Nas mulheres, quando é pouco, o corrimento só é visto em exames ginecológicos.
  • Podem se manifestar na gonorreia, clamídia e tricomoníase. 

IMPORTANTE: O corrimento vaginal é um sintoma muito comum e existem várias causas de corrimento que não são consideradas IST, como a vaginose bacteriana e a candidíase vaginal.

 Tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis

O tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis varia, uma vez que estamos falando de diferentes infecções, sendo algumas causadas por vírus, bactérias ou fungos. Naquelas doenças causadas por bactérias, como é o caso da sífilis, por exemplo, o tratamento é baseado no uso de antibióticos.

Vale salientar que algumas IST possuem tratamento que levam à completa cura e outras que não possuem cura, como é o caso da infecção por HIV. Nas IST que não possuem cura, o tratamento visa ao controle da infecção.

O controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) não ocorre somente com o tratamento de quem busca ajuda nos serviços de saúde. Para interromper a transmissão dessas infecções e evitar a reinfecção, é fundamental que as parcerias também sejam testadas e tratadas, com orientação de um profissional de saúde.

 Prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis

A prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis é feita principalmente com o uso da camisinha, seja ela feminina, seja masculina, em qualquer tipo de relação sexual. Isso significa que a prevenção deve ser feita quando houver contato vaginal, anal ou oral. Outra forma de prevenção contra IST envolve vacinar-se contra as doenças que oferecem essa opção. Entre as vacinas disponíveis, podemos destacar a vacina contra hepatite B e contra HPV.

Existem diversos tipos de infecções sexualmente transmissíveis, Vamos conhecer algumas:

 

AIDS -  A aids é uma doença sem cura que é causada pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Esse vírus atua comprometendo o sistema imunológico do indivíduo, fazendo com que ele fique mais suscetível a infecções oportunistas. Quando a doença é detectada, o indivíduo é denominado HIV positivo, quando a doença torna-se sintomática o indivíduo passa  a ser identificado com AIDS, SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA, ou seja, passa a apresentar a síndrome, um conjunto de sintomas e sinais, característicos da doença. Passa ao estágio de imunodeficiente (sem sistema de defesa) e encontra-se aberto às infecções oportunistas.

CONDILOMA ACUMINADO- O condiloma acuminado é causado pelo vírus HPV (Papilomavírus Humano), o qual é responsável por desencadear o surgimento de verrugas na região do ânus e genital. É importante salientar que alguns tipos de HPV estão relacionados com o desenvolvimento de câncer, entretanto, normalmente os HPV responsáveis pelas verrugas não são cancerígenos.

GONORREIA- A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae que pode causar ou não sintomas. Nos homens pode causar ardência na hora de urinar e surgimento de corrimento. Nas mulheres pode causar sangramento fora do período menstrual, corrimento e dor ao urinar.

SÍFILIS-  A sífilis é uma doença causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum. É uma doença grave que se não tratada pode evoluir e causar complicações. A sífilis pode ser classificada em diferentes estágios.

Na sífilis primária, observa-se a presença de uma ferida no local de entrada da bactéria, geralmente única, que não causa dor, nem coceira ou nem ardência. Essa ferida desaparece sem deixar marcas, o que leva muitas pessoas a acharem que estão curadas.

Na sífilis secundária, observa-se manchas no corpo, febre e mal-estar, sendo esses sintomas observados semanas após a cicatrização da ferida. Posteriormente, temos a sífilis latente, que é uma fase assintomática de duração variável.

A sífilis terciária, por sua vez, pode surgir até 40 anos após a infecção e desencadeia sintomas mais graves, acometendo o sistema cardiovascular e nervoso, podendo até mesmo levar à morte.

HEPATITE BA hepatite pode ser definida como uma inflamação que atinge o fígado. A hepatite chamada de hepatite B é causada pelo vírus HBV e geralmente não causa sintomas. Algumas vezes, no entanto, os sintomas podem surgir, sendo os mais frequentes: tontura, vômito, dor abdominal coloração amarelada na pele, mucosas e olhos.

GONORRÉIA- A gonorreia é também conhecida pelos nomes: blenorragia, uretrite gonocócica, esquentamento, corrimento, escorrimento e pingadeira. É uma doença causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, que afeta, principalmente, a uretra, tanto de homens quanto de mulheres. Bebês correm o risco de serem infectados por suas mães, no momento do parto, apresentando danos oculares. As mulheres podem apresentar-se assintomáticas e transmitirem a doença.

HERPES GENITAL OU HERPES TIPO 2 - é uma doença sexualmente transmissível causada pelo Herpes simplex vírus do tipo 2, principalmente, ou tipo 1. Caracteriza-se por meio de pequenas e dolorosas lesões na pele e mucosa desta região, que desaparecem espontaneamente cerca de uma semana após seu surgimento. Cerca de 80% das pessoas infectadas não apresentam sintomas, mas podem transmitir a doença.

Além da transmissão por via sexual, inclusive em modalidades anal e oral, bebês podem ser infectados no momento do parto, de mães adoecidas. Contato direto com lesões ou objetos contaminados são outras formas de contágio.

TRICOMONÍASE -  também chamada de uretrite, vaginite por Trichomonas, uretrite não gonocócica ou UNG; é uma doença causada pelo protozoário flagelado Trichomonas vaginalis. Sua transmissão se dá por meio de relações sexuais desprotegidas ou contato íntimo com as secreções de indivíduo infectado. O período de incubação varia entre duas e três semanas.

A maioria das pessoas acometidas não tem manifestações sintomáticas e, por isso, muitas vezes a infecção só é descoberta ao se fazer exames preventivos – daí a importância de se visitar, ao menos uma vez ao ano, o ginecologista ou urologista, no caso de pessoas do sexo masculino. Quando os sintomas aparecem, incluem dor ao urinar ou ao ter relações sexuais, ardor e coceira na região genital. Além disso, mulheres podem ter corrimento amarelo-esverdeado e cheiro forte.

HPV- HPV, Papilomavírus Humano, é um pequeno vírus de DNA capaz de infectar pele e mucosas de homens e mulheres. Vale salientar que não existe apenas um tipo de HPV, sendo possível identificar mais de 150 tipos diferentes, entre os quais 40 são responsáveis por infectar a mucosa genital.

Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, dos quais podemos destacar 12 tipos considerados de alto risco por estarem relacionados com o desenvolvimento de câncer de colo do útero, vagina, vulva, pênis, ânus e orofaringe. Temos ainda vírus de baixo risco, que não estão associados com o desenvolvimento de tumores.

Em algumas pessoas, o HPV é assintomático enquanto em outras pessoas e dependendo do tipo de HPV contraído, podem surgir sinais e sintomas, tais como verrugas genitais e lesões precursoras de câncer.

A principal forma de transmissão é por meio do contato sexual com pessoa contaminada, sendo importante salientar que a contaminação pode acontecer mesmo que não ocorra penetração no ato sexual. A via sexual inclui contato manual-genital, oral-genital e genital-genital. Além disso, apesar de ser menos frequente, o HPV pode ser transmitido no momento do parto e por meio do contato com objetos contaminados por secreções que apresentem o vírus, tais como roupas e toalhas.

O HPV também pode infectar o homem, causando verrugas e até mesmo câncer, apresenta relação com o desenvolvimento de câncer de pênis e de ânus. Assim como em mulheres, o HPV em homens pode ser assintomático.

Câncer de colo do útero, o mais comum entre mulheres, estatisticamente estima-se que 98% dos casos desse tipo de câncer estejam relacionados com o HPV.

 

 

 

 

ATIVIDADES

 

1 – Qual a melhor medida contra as ISTs?

2 - Qual é a importância de avisar os parceiros sexuais em caso de contágio?

3 – Se o homem ou a mulher forem assintomáticos para determinada doença, precisa de tratamento? Pode contaminar outras pessoas?

4 – O que é síndrome?

5 – Analisando as diferentes doenças citadas, qual o risco da automedicação?

6 – A medicina preventiva mostra-se cada vez mais importante, principalmente na área ginecológica, existem serviços públicos especializados em saúde da mulher. Ao observarmos a evolução de algumas dessas doenças, qual a importância de exames de rotina como o Papanicolau?

7 – Doenças como a AIDS, possuem notificação compulsória, são informadas e registradas automaticamente após sua confirmação. Transforme os dados da tabela em 2 gráficos, linha de tempo e número de casos e legenda de cores. Conforme o exemplo: (pode quadricular para facilitar)


GRÁFICO 1

- Deve conter casos notificados de homens e mulheres separados, utilizando cores diferentes para cada sexo. Apresentará 2 linhas.

GRÁFICO 2

- Deve conter a soma dos casos notificados a cada ano. Apresentará apenas uma linha.

 

ANO

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

HOMENS

23.040

24.520

24.769

25.109

26.634

26.722

27.849

MULHE-RES

15.336

16.353

16.044

15.297

15.718

15.362

15.079

 

ANO

2014

2015

2016

2017

2018

2019

HOMENS

27.572

27.476

26.661

26.475

26.029

11.123

MULHE-RES

14.160

13.022

12.255

11.515

11.130

4.796

 

 - OBSERVANDO OS DOIS GRÁFICOS, QUAIS INFORMAÇÕES FICARAM CLARAS, O QUE VOCÊ CONCLUIU EM CADA GRÁFICO?

Fontes:

https://saude.gov.br/saude-de-a-z

https://brasilescola.uol.com.br/doencas

https://brasilescola.uol.com.br/biologia/hpv.htm

 http://indicadores.aids.gov.br/

 

 

 

 

 

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