segunda-feira, 22 de junho de 2020

2° BIMESTRE - 7° ANOS - LÍNGUA PORTUGUESA - PROFESSORA DEBORA - 22-06

BOA TARDE!  BOA SEMANA!

A AULA DO CENTRO DE MÍDIAS DO DIA 19 DE JUNHO FOI SOBRE O GÊNERO TEXTUAL CONTO - NARRATIVA.

OS PROFESSORES  INICIARAM A AULA COM AS SEGUINTES PERGUNTAS:

1. VOCÊ LEMBRA O QUE É UM CONTO?
2. CITE TRÊS ELEMENTOS DE UMA NARRATIVA NECESSÁRIOS EM UM CONTO?
3. QUAL A FUNÇÃO SOCIAL DE UM CONTO?

Lembrando  que não precisa copiar os textos.




RELEMBRANDO O CONCEITO DE CONTO

conto é um gênero narrativo curto, tendo começo, meio e fim da história narrados de maneira breve, porém o suficiente para contar a história completa.
O conto possui elementos e estrutura bem marcados, sendo que o tipo de história pode indicar o tipo de conto que estamos lendo. Vamos aprender um pouco mais sobre esse gênero narrativo.
Para que uma narrativa seja considerada um conto, alguns elementos são muito importantes: personagens, narrador, tempo, espaço, enredo e conflito.
  • Personagens

As narrativas (reais ou fictícias) precisam ter um ou mais seres vivenciando sua história. Esses seres podem ser pessoas ou, até mesmo, animais, objetos e seres imaginários que ganham vida e consciência para viver aquela história — são as personagens da narrativa.
Embora seja comum que o conto tenha poucas personagens, existem contos com muitas delas (habitantes de um bairro, por exemplo). Mesmo assim, a narrativa continua sendo breve.
  • Narrador

É a voz que conta a história dentro da narrativa. O narrador pode contar a história de três maneiras:
    • Narrador-personagem: quando uma das personagens que vivencia a história faz, também, o papel de narrador, ou seja, uma das personagens narra a história. Por isso, muitas vezes, os verbos são conjugados em primeira pessoa, mas podem também ser conjugados em terceira quando o narrador-personagem conta o que acontece com os outros personagens.
    • Narrador-observador: esse tipo de narrador não participa da história. Ao invés disso, ele é apenas uma “voz” contando o que acontece, narrando a história. Entretanto, assim como o leitor, esse narrador não sabe o que se passa na consciência das personagens, não sabe o que aconteceu no passado (anterior à narrativa) nem o que acontecerá no futuro.
    • Narrador-onisciente: assim como o observador, ele não participa da história. Entretanto, essa “voz” é onisciente, ou seja, sabe de tudo no universo daquela narrativa: ela sabe (e pode contar) o que as personagens estão pensando e sentindo. Também conhece (e pode contar) o passado anterior à narrativa e o futuro.
  • Tempo

As narrativas passam-se em um período determinado: trata-se do tempo de duração entre o início e o final da narrativa e da época em que a narrativa ocorre. É mais comum que as histórias dos contos aconteçam em pouco tempo (podendo ser minutos ou até alguns dias), mas é possível que elas se passem durante muitos anos (em qualquer um desses casos, a narrativa será breve por tratar-se de um conto).
Alguns contos são sobre histórias que se passam nos dias de hoje, e outros podem passar-se em algum lugar do passado ou, até mesmo, em um futuro imaginado pelo autor (e descrito pelo narrador da história).
  • Espaço

Assim como o tempo, as narrativas precisam ocorrer em um espaço, descrito explicita ou implicitamente, onde as personagens situam-se.
Novamente, por tratar-se de narrativa breve e curta, é mais comum que o conto ocorra em apenas um ou poucos espaços, mas ainda é possível que muitos cenários sejam percorridos durante a história (podendo ser apenas um pequeno cômodo de uma moradia, um país inteiro ou outra galáxia distante e imaginária). Em todo caso, a narrativa continuará sendo curta.
  • Enredo

É o que acontece na história, ou seja, a sequência de ações que faz com que a narrativa exista e tenha uma estrutura: um começo, um meio e um fim. Vamos falar mais sobre o enredo adiante.
  • Conflito

Por fim, os contos têm um conflito, que é uma situação gerada por uma das ações iniciais (ou em uma das ações iniciais) e que faz com que outras ações sejam tomadas pelas personagens para solucionar o problema. Essa sequência de ações forma o enredo e, geralmente, deixa o começo da narrativa diferente do final.

Estrutura do conto

O conto costuma ser estruturado em quatro partes: introdução, desenvolvimento, clímax e conclusão. Vamos a elas:
  • Introdução (ou apresentação/equilíbrio inicial): é o início da narrativa. Nela, podemos descobrir o contexto da narrativa: quem são as personagens, qual é o espaço e o tempo nos quais a história vai ser narrada e quais são os primeiros acontecimentos dela.
  • Desenvolvimento (ou complicação/surgimento do conflito): apresenta as ações que modificam o estado inicial da narrativa. Vemos o conflito (situação-problema) que fará as personagens agirem para resolvê-lo.
  • Clímax: é o momento de maior tensão, quando o problema está no auge e as ações tomadas definirão o rumo da história.
  • Conclusão (ou desfecho/solução do conflito): como o nome já diz, é o final da história, que será provavelmente diferente de como ela começou. Pode mostrar que o problema foi solucionado ou não, dependendo muito mais do tipo de conto que estamos lendo. Vamos conhecer esses tipos a seguir.

Tipos de conto

O conto é classificado como um gênero narrativo, ou seja, um tipo de narração. No entanto, existem vários tipos de contos dependendo dos elementos que compõem a história e de como ela pode terminar, dando subgêneros a eles. Vejamos alguns mais famosos:
Conto de fadas
Conto de terror
Conto fantástico

DEPOIS DE ENTENDER AS REGRAS DE UM CONTO.

Leia:

Narrativa de terror
Drácula
O diário de Jonathan Harker

1 (…)Chegando à porta, voltou-se mais uma vez e, após um instante de reflexão, falou: – Chegou a hora de alertá-lo,   meu caro amigo- não, não é só alertá-lo- mas de adverti-lo com toda a seriedade: se o senhor transpuser as soleiras destes aposentos, não terá a menor possibilidade de dormir em qualquer outra parte do castelo. Como pode ver, sua existência reporta-se a outras eras, suas paredes encerram muitas lembranças e há um séquito de sinistros pesadelos à espreita              daquele que adormecer ao acaso! Se o sono o assediar agora ou logo mais ou simplesmente prenunciar-se, então corra para seu próprio quarto ou para a sala ao lado, a fim de poder repousar em segurança. Se não obstante o senhor não quiser seguir à risca o que lhe digo, então…
2 E, assim, deixando o resto de sua frase no ar, sublinhou-a com um tom de displicente ferocidade, enquanto fazia o expressivo gesto de quem lava as mãos. Está claro que eu compreendi!
Minha única dúvida consistia apenas em saber se algum pesadelo podia tornar-se ainda mais terrível que a sinistra e antinatural cadeia de sombras e mistérios que ameaçava fechar-se em torno de mim.
3   Mais Tarde.- Endosso totalmente as últimas palavras por mim escritas; desta feita, porém, não subsiste qualquer dúvida. Não recearei dormir em outro lugar qualquer, desde que ele não se ache presente. Pendurei o crucifixo sobre a cabeceira de minha cama…assim creio que meu descaso ficará livre de pesadelos. É lá que ele deve ficar.
4   Quando ele saiu, fui para o meu quarto. Passados alguns instantes, não ouvindo nenhum ruído, tornei a sair e galguei a escada de pedra, do alto da qual me era possível colher uma ampla vista em direção ao sul. Ali havia ao menos uma razoável sensação de liberdade que convergia da vastidão do espaço, mesmo com sua amplidão permanecendo inacessível para mim, quando comparada com a acanhada estreiteza do pátio, mais abaixo. Contemplando o conjunto desse quadro mais ainda me convenci de que estava irremediavelmente preso e senti premente necessidade de sorver um pouco de ar fresco, embora agora a noite já atingisse sua plenitude. E , curiosamente, comecei também a sentir a indefinível influência da noite abater-se sobre mim. Tal sensação arrasa com meus nervos. Estremeço à vista de minha própria sombra,  e estou crivado de todos os tipos das mais horríveis imaginações. Deus é testemunha dos terríveis tremores que venho suportando neste lugar amaldiçoado! Lancei então um olhar sobre a magnificência da amplidão, agora banhada por um suave e amarelo luar, o qual aos poucos se converteu numa claridade quase solar. Sob a luz difusa, as colinas distantes pareciam interpenetrar-se, ao passo que as sombras que se desenhavam ao longo das ravinas e dos vales se  assemelham a um manto negro de veludo. A beleza natural do ambiente parecia fascinar-me. Havia paz e quietude em cada sorvo de ar que eu respirava.
5   Estava recostado a uma janela quando notei que alguma coisa se movia no andar imediatamente abaixo do meu e ligeiramente à minha esquerda, onde pela  ordem dos quartos, deviam coincidir as janelas externas do dormitório do próprio Conde. A janela junto à qual eu estava era alta e funda, tinha um peitoril de pedra e, embora muito castigada pelas intempéries, achava-se ainda em estado razoável. Era todavia evidente que o respectivo caixilho já de há muito deixara de existir. Retrai-me para trás do parapeito e olhei cautelosamente para baixo.
6   O que vi era a cabeça do Conde saindo pela abertura da janela. Não dava para ver seu rosto. Reconheci-o,  porém, pelo talhe do pescoço e também pelo movimento de suas costas e braços. De qualquer maneira, eu não podia confundir-me com suas mãos, cujas características já estudara tantas vezes. O que é surpreendente é que agora sentia-me interessado e como que atraído por um prazer mórbido, o que somente consigo explicar diante da estranha desproporção em que um homem obrigado a viver numa prisão passa a encarar semelhante assunto. Tais sensações  não tardaram, entretanto,em se converter num pavoroso impacto de repulsa e de terror quando eu vi o homem todo emergir de dentro da janela e deslizar parede abaixo para fora do castelo, pendendo de cabeça para baixo sobre  o vertiginoso abismo e com o manto a flutuar em torno do seu corpo, como se fosse uma espessa asa negra. De pronto, eu não acreditei no que se retratava na retina dos meus olhos. Pareceu-me estar diante de uma insólita distorção visual causada pelo luar ou alguma fantástica ilusão causada pela sombra. Mas eu firmei a vista e já não podia existir tal erro. Eu via agora os dedos e os artelhos se firmarem nos ângulos das pedras, ali postos a descoberto pela erosão dos ventos e das chuvas. E, aproveitando assim cada fresta e cada ápice ou leve saliência, seu corpo deslizava para baixo, deslocando-se numa velocidade incrível, tal qual um pequeno sáurio quando ainda nas paredes. Que espécie de homem será esse, ou que tipo de criatura ou simples fera está ali oculta sob as feições de um homem? Sinto o terror deste demoníaco lugar aniquilar-me. Estou em pânico- em pânico mortal- e não há uma saída para mim. Estou imobilizado por uma rede de terror sobre a qual o meu cérebro se nega a raciocinar.
Stoker, Bram. Drácula. 2. ed.Porto Alegre:L&PM,1985, p.45-46
 1. Faça a leitura dos dois primeiros parágrafos do texto e explique como é o tom de voz e quais são as recomendações que Conde Drácula fez a Harker de forma implícita? Explique se Harker compreendeu essas recomendações.
2. Algumas previsões sobre o que poderá acontecer com Jonathan Harker podem ser lidas no segundo parágrafo. Na sequência da narrativa de terror, qual acontecimento incomum constitui na realização dessas previsões?
3. Comente sobre as estratégias utilizadas pelo autor nos parágrafos 3,4, e 5 para aumentar a expectativa do leitor e gerar o suspense?
4. Ainda no parágrafo 4 , alguns fatos narrados introduzem uma dúvida sobre a veracidade dos acontecimentos.
Cite quais são esses comentários?
5 Observe as divisões pertinentes as obras de ficção:
Obras realistas: Acontecimento que, mesmo quando estranhos  e até misteriosos, são explicados pelas leis do mundo que conhecemos.
Obras fantásticas: Acontecimentos ambíguos, que provocam dúvidas no leitor que pensa: seriam manifestações sobrenaturais, coincidências, sonhos ou ilusões?
Obras maravilhosas: Acontecimentos inexplicáveis pelas leis do mundo que conhecemos. Não desperta dúvidas porque os acontecimentos pertencem à ordem sobrenatural.
Após realizar a leitura do excerto acima responda:
Explique por que esses comentários do narrador( mencionados na questão anterior) levam a narrativa para o campo do fantástico?
6. Analise o ponto culminante e explique por que a partir desse momento,  a narrativa entra definitivamente no  campo do maravilhoso?


QUALQUER DÚVIDA ME CHAME NO WHATSAPP  E AO TERMINAR FOTOGRAFE E ENTREGA A LIÇÃO.

BONS ESTUDOS.






Nenhum comentário:

Postar um comentário

8 ANO - PROTAGONISMO JUVENIL

8 ANO - PROTAGONISMO JUVENIL APROVEITE TUDO O QUE VOCÊ APRENDEU DE PROTAGONISMO JUVENIL E APLIQUE NO SEU DIA A DIA. FELIZ NATAL -  996879229...