8º ANO
CIÊNCIAS
GRAVIDEZ
E OS RISCOS FÍSICOS, SOCIAIS E EMOCIONAIS
Taxa de filhos de mães adolescentes no Brasil é
maior que a média mundial. Adolescentes que engravidam têm alto risco de uma
série de danos, e as mulheres mais pobres são as mais atingidas.
A dra. Albertina Duarte Takiufi dividiu
muito de sua experiência real conosco no CMSP, não assistiu? Então assista:
Os índices de gravidez na adolescência no Brasil servem para nos lembrar de que ainda temos muitas dificuldades a enfrentar nessa área. Dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) mostram que dos quase 3 milhões de nascidos em 2016, 480 mil eram filhos de mães entre 15 e 19 anos, compondo uma taxa de 16% de todos os nascimentos. Apesar de ter havido uma queda de aproximadamente 20% nesse número em dez anos, ainda temos 68 bebês de mães adolescentes para cada mil meninas entre 15 e 19 anos, enquanto a taxa mundial é estimada em 46 para cada mil meninas dessa faixa etária.
Explicar o motivo que levam a
esse cenário não é tão simples, mas os especialistas são unânimes em duas
hipóteses: independentemente da classe social, os adolescentes estão transando
cada vez mais cedo. E não falta informação, falta educação sexual. Entre SABER
e USAR métodos anticoncepcionais existe uma barreira gigantesca.
As frase mais utilizada: “é só
uma vez, então não vai acontecer nada” SERÁ???
Ser
mãe adolescente, sem nenhum tipo de planejamento
nem apoio familiar, ocasiona diversos problemas na vida da gestante
e perpetua um ciclo de pobreza e exclusão social difícil de ser quebrado.
Adolescentes pobres têm cinco vezes mais risco de engravidar que as mais ricas.
Com filhos, dificilmente elas conseguirão conciliar os estudos, entrar no
mercado de trabalho e ter independência financeira.
Muitas atrasam
o pré-natal (momento extremamente importante para garantir a integridade física
do bebê) porque não se sentem preparadas para contar para a família que estão
grávidas. Dessa maneira, a janela para identificar e resolver algum problema de
saúde potencialmente grave, como sífilis, fica limitada, o que aumenta ainda mais o risco de
instabilidade dali em diante.
O
índice de mortalidade entre filhos de mães adolescentes é muito alto. Cerca de
20% da mortalidade infantil no Brasil decorrem do óbito precoce de bebês
nascidos de mães entre os 15 e 19 anos.
A
FALTA DE CONVERSA EM CASA
Nem
todos os adolescentes que têm filhos muito cedo apresentam histórico de
desestruturação familiar, mas é muito comum serem prole de gerações que também
tiveram filhos antes dos 20 anos. A falta de conversa sobre sexo em casa também
costuma ser tradição nessas famílias.
Eles
não conversam sobre o assunto em casa e, provavelmente, nem na escola. Algumas
pesquisas mostraram que os pais acham que se falarem com os filhos sobre o
assunto vão estimular a relação sexual precoce, o que não é verdade.
RISCOS
PARA A MÃE E O BEBÊ
Além do aspecto social, a gravidez na adolescência está associada a uma série de riscos à saúde da mulher e do bebê. Elevação da pressão arterial (eclâmpsia e pré-eclâmpsia) com risco de crises convulsivas são alguns dos problemas que podem acometer a grávida muito jovem com maior frequência que em outras faixas etárias.
Entre os
agravos mais comuns no bebê, estão a prematuridade e o baixo peso ao nascer.
Outro problema
muito comum é a deficiência nutricional, com riscos de anemia. Por isso, muitas vezes, é necessário haver
suplementação de cálcio e ferro para as gestantes.
CONCLUINDO:
Qualquer
pessoa consegue imaginar a desorganização que ter filhos de forma não planejada
pode provocar na vida. No caso específico de mulheres jovens, cada uma dessas
condições é um agravante com alto impacto no futuro de famílias que
provavelmente já se encontram em situação vulnerável.
PORTANTO, ANTES
DE AMAR O OUTRO....AME-SE E PREVINA-SE!I
ATIVIDADES:
Segundo a
Organização Mundial da Saúde, cerca de 11% das crianças nascidas no mundo são
resultado de uma gravidez na adolescência. Esse problema é extremamente grave,
uma vez que a gravidez em mulheres com idade entre 10 e 19 anos pode trazer
danos à saúde. Entre as alternativas abaixo, marque a única que se refere a uma
ação que não é adequada na luta pela diminuição do número de adolescentes
grávidas.
a) Campanhas
informativas sobre os riscos da gravidez na adolescência.
b) Abordagem
do tema “gravidez na adolescência” em sala de aula.
c)
Distribuição gratuita de métodos contraceptivos.
d) Campanhas
educativas sobre a relação entre drogas, álcool e o comportamento de risco.
e) Campanhas
educativas sobre métodos contraceptivos voltadas exclusivamente para mulheres.
2 - A gravidez
na adolescência não é um processo fácil, sendo geralmente marcado por problemas
de saúde, psicológicos e até mesmo de ordem econômica. Levando em consideração
o foco da saúde, analise as alternativas a seguir e marque a INCORRETA.
a)
Adolescentes com menos de 15 anos possuem maiores chances de óbito na gestação
ou parto do que mulheres acima dos 20 anos.
b)
Adolescentes possuem maiores chances de terem bebês com baixo peso.
c)
Adolescentes possuem maiores chances de terem partos prematuros.
d) Crianças
nascidas de mães adolescentes correm menos riscos de morrer logo após o parto.
3 - A gravidez
na adolescência pode estar relacionada com diferentes contextos de vida, desde
pouca informação a respeito de prevenção até problemas de estrutura familiar.
No que diz respeito à família, qual das alternativas abaixo reflete uma atitude
que produz pouco resultado na diminuição dos casos de gravidez na adolescência?
a) A família
deve informar sobre a importância do sexo seguro, com uso de preservativo.
b) A família
deve estar aberta ao diálogo, permitindo sempre que os filhos tirem suas
dúvidas a respeito da sexualidade.
c) A família
deve orientar seus filhos sobre os riscos de uma gravidez indesejada.
d) A família
deve informar aos filhos que as informações sobre sexualidade devem ser obtidas
exclusivamente na escola.
e) A família
deve estar sempre presente na vida dos filhos, ensinando e orientando os
adolescentes.
4 - Você acredita
na frase : “ É só uma vez, então não vai acontecer nada”, justifique sua
resposta com conhecimento científico, com argumentos reais, porém de forma
simples e objetiva.
5 – Você conhece
amigos, garotas e garotos, que são pais adolescentes? Como observa a vida
deles? (ou dela, se ficou sozinha com a responsabilidade da criança). Recebem
ajuda dos familiares? E se não recebessem? Conseguem dar continuidade aos
estudos normalmente? A vida segue normalmente como antes? Engravidaram uma
segunda vez? Passam por dificuldades financeiras? São felizes e realizados? Enfim...
faça um apanhado geral da situação, uma reflexão e por fim conclua, no geral
essa situação é totalmente positiva, gostaria de se ver na mesma situação, por
quê?
Fonte:
https://drauziovarella.uol.com.br/reportagens
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